Em 1926, o astrônomo inglês Arthur Eddington fez uma ousada sugestão sobre a origem da energia solar: ele só podia ser gerado por um reator nuclear. A comunidade científica se escandalizou porque então se conhecia muito pouco sobre as reações atômicas. Algumas décadas mais tarde, porém, viu-se que a teoria estava certa. O plasma no núcleo do Sol sofre transformações semelhantes às que ocorrem na explosão de uma bomba de hidrogênio e, também como neste caso, passa a emitir radiação principalmente sob a forma de luz e calor. Essa radiação não é visível, pois ainda tem de atravessar as camadas externas. Estima-se que um raio de luz leve milhões de anos chocando-se com as partículas de plasma até emergir na superfície brilhante. A maior parte do trajeto, no caso do calor, é feita em forma de radiação, como ocorre com a luz.

As estrelas constroem átomos pesados a partir de átomos mais leves. A luz e o calor que emitem é um simples resíduo do esforço empregado na construção. Todos os elementos conhecidos, tais como o ferro, o oxigênio, o ouro ou o urânio, nasceram dessa forma: assados nas fornalhas estrelares. Até o aparecimento das estrelas, há cerca de 15 bilhões de anos, praticamente toda a matéria existente estava na forma de hidrogênio.
Cerca de 1 milhão de anos depois do seu nascimento, as massa de hidrogênio, agrupadas pela atração gravitacional, começam a criar estrelas e galáxias. Os átomos que ficaram presos nos núcleos estrelares, sob forte pressão, fundiram-se sempre aos pares. Esta soma originou novos "tijolos" de matéria, contendo dois átomos soldados entre si, formando um novo elemento, o hélio. O Sol provavelmente nasceu dos restos de outra estrela, que por sua vez também pode ter nascido assim. Trata-se portanto de um astro de segunda ou terceira geração. Essa hipótese decorre de um fato simples: o Sol contém átomos muito pesados, como o urânio,que se constitui apenas quando uma estrela morre.
A luminosidade, que é a potência que o Sol produz foi determinada tão logo foi conhecida a distância do Sol, em 1673. As medidas mostram que cada metro quadrado na Terra recebe do Sol uma potência (energia/segundo) de 1400 watts, isto é, a potência de 14 lâmpadas de 100 watts. Por essa potência recebida na Terra, determina-se aluminosidade do Sol em 4 x 1026 watts, ou 4 x 1033 ergs/s.
Veja mais :
berenice.stensmann@zaz.com.br